quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O que é ser de esquerda??? (Caros Amigos - trecho)

Tentando encontrar resposta a essa simples porém buliçosa pergunta, Caros Amigos entrevistou personalidades das nove áreas de atividade que sustentam o arcabouço civil da nação. Foram perguntas e respostas que resumimos em depoimentos. Eis o resultado, que resta ao leitor julgar.

entrevistadores: Ana Luiza Moulatlet, Camila Gonçalves, Carolina Ruy, Juliana Sassi, Marina Amaral, Maria Dolores, Marcelo Salles, Spensy Pimentel, Marcos Zibordi, João de Barros e Thiago Domenici.

IGREJA Dom Pedro Casaldáliga, bispo católico Ser de esquerda deveria ser optar pelos pobres, optar pela justiça, condenar o capitalismo e o liberalismo, possibilitar participação real do povo. Sempre tem tido gente mais radical ou menos, mas hoje se está querendo justificar umas certas esquerdas que acabam sendo, quando muito, o centro. E eu digo que o centro não existe, ou é direita ou é esquerda. (...) na edição impressa: Dom Geraldo Majella (arcebispo de Salvador e ex-presidente da CNBB) e Mário Sérgio Cortella (filósofo, professor-doutor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião e da Pós-graduação em Educação da PUC-SP).
POLÍTICA
Chico Alencar, historiador e deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro.Ser de esquerda tem algumas permanências. Em primeiro lugar, não perder a dimensão da utopia, da possibilidade pela qual se luta por uma sociedade igualitária, solidária e radicalmente democrática. Inclusive, com a socialização dos meios de produzir e de governar. Ser de esquerda é recusar que as idéias hegemônicas no mundo são as neoliberais, que se traduzem pelo caminho único na economia e pela despolitização da política. É não fazer efetivamente o jogo da direita aderindo com sutilezas cada vez menores ao programa neoliberal hegemônico. (...)
Jorge Bornhausen, advogado e político Eu acho que é diletantismo, porque o próprio presidente da República, que se diz de esquerda, não segue qualquer linha ideológica, nem de esquerda, nem de direita, nem de centro. Essa divisão entre esquerda e direita é algo absolutamente superado. Hoje, a política é uma política de resultados para o cidadão, e ele não está preocupado se o político se diz de direita, de esquerda ou de centro. (...)
+ na edição impressa: Tasso Jereissati, empresário e senador pelo PSDB.

UNIVERSIDADE
José Arthur Giannotti, doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo e professor emérito do Departamento de Filosofia da USP.Esquerda é a não-aceitação do status quo. Ter esperança de que possamos ter um mundo melhor, e a certeza de que podemos aglutinar as pessoas para mudar.Mas, no campo universitário, aqueles que se chamam esquerda são basicamente os burocratas da cultura. E aqueles que fazem as pesquisas e que contribuem realmente para o avanço das ciências e das artes são apolíticos. Embora, a meu ver, sejam a ponta renovadora da universidade. (...)
Wanderley Guilherme dos Santos, doutor em Ciência Política pela Stanford UniversityConceitualmente, eu não sei o que é esquerda. Eu sei na prática. Sei quem é de esquerda, quem não é de esquerda.No contexto brasileiro, hoje, são personalidades e partidos de esquerda as pessoas comprometidas com a alteração da distribuição de renda, com a retomada de crescimento econômico, com a criação de graus de liberdade no comportamento internacional do país, com um aumento das oportunidades de participação política dos grupos menos favorecidos. (...)
+ na edição impressa: Paulo Arantes, doutor em Filosofia pela Universidade de Nanterre (Paris) e professor emérito da Universidade de São Paulo, e Paulo Rizzo, presidente da ANDES - Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior.
PROPAGANDA
Celso Loducca, publicitário, presidente e diretor de criação da agência Loducca 22.Depois de tudo que já vivi, ser de esquerda é lutar por justiça social, por igualdade de oportunidades, pelo direito das minorias, por uma relação mais harmônica com o planeta, com os habitantes do planeta, lutar por um crescimento sustentável que ajude tanto a justiça social quanto o meio ambiente, é lutar por uma coisa assim meio louca que é a ética. Hoje, muita gente já está consciente dessas pautas todas e não necessariamente encara isso como de esquerda. Estão se tornando pautas da humanidade, não de esquerda e direita. Mas estão se tornando, ainda não são. Por isso, ser de esquerda é lutar por essas pautas de interesse da humanidade, não por pautas pessoais, ou de interesses específicos de grupos, que são pautas de direita. (...)
+ na edição impressa: Agnelo Pacheco, publicitário e proprietário da agência de publicidade Agnelo Pacheco Comunicações.

IMPRENSA
Paulo Henrique Amorim, jornalista, colunista do UOL. Tem o blog Conversa Afiada no portal IG.Esquerda pra mim hoje, no Brasil, são as pessoas que diante da pergunta básica que se impõe à sociedade brasileira – o que é mais importante, reduzir os impostos ou distribuira renda?, e não vale responder os dois – acham que a prioridade é distribuir a.renda. (...)
Tereza Cruvinel, colunista política do jornal O Globo e comentarista da Globonews.A propósito da lenda de que os rótulos ideológicos perderam o sentido e o significado no mundo de hoje, gosto de uma velha tirada da Simone de Beauvoir, que dizia, já naquele tempo: “Se lhe apresentarem um homem que se apressa a dizer que não vê diferença entre esquerda e direita, tenha certeza de estar falando com um homem de direita”. (...)
+ na edição impressa: Luis Fernando Verissimo, jornalista e escritor, e Zuenir Ventura, jornalista e escritor, colunista do jornal O Globo e da revista Época.

EMPRESARIADO
Paulo Skaf, presidente da FIESP e empresário do ramo têxtil Houve um tempo em que as pessoas politizadas se dividiam entre a direita, o centro e a esquerda. Havia, inclusive, uma chamada “esquerda festiva”, como também uma “direita radical”. Era a época da Guerra Fria, do Muro de Berlim, do “comunismo vs. capitalismo”. Hoje, mesmo com a evolução do mundo, sobreviveram alguns conceitos daquele período que já fazem parte do passado. Infelizmente, em qualquer ideologia, ainda há radicais, defensores da violência, não democratas e inimigos do diálogo, da liberdade e da paz. Mas também ficaram alguns valores importantes, como a solidariedade, a fraternidade, a igualdade, que, muitas vezes até romanticamente defendidos pelos esquerdistas nos anos 60, 70 e 80, ainda ajudam a promover justiça social nos dias de hoje.
+ na edição impressa: Lawrence Phi, presidente do Moinho Pacífico, membro do Conselho Superior de Indústria da FIESP, e Paulo Francini, diretor do Departamento de Estudos Econômicos da FIESP.

SINDICATOS
Artur Henrique da Silva Santos, presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores.Eu me considero de esquerda e, como socialista, não penso no modelo existente em outros momentos históricos, mas continuo sendo uma pessoa que pretende atuar na transformação do modelo econômico vigente no mundo. Não são só o crescimento e o desenvolvimento econômico que interessam, mas que tipo de crescimento econômico queremos para o Brasil e para o mundo. (...)
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical e deputado federal pelo PDT.Depois do PT, não sei se há esquerda ou direita. Eu me considero uma pessoa que vive defendendo o direito do trabalhador, defendendo um crescimento amplo. Se uma pessoa é qualificada (de esquerda) por aí, eu acho que sou, devo ser. Mas acho que esse negócio de esquerda está muito fora de moda atualmente. (...)
+ na edição impressa: Ricardo Antunes, professor da Unicamp e um dos fundadores do PSOL.

JUDICIÁRIO
Luiz Fernandes de Souza, Procurador Regional da República Esquerda hoje é o Chávez, o Evo, Fidel. Também alguns padres que atuam nas Farc, lá na Colômbia. Claro que, afora esses, o próprio governo do Brasil também está nesse campo, tal como os governos do Chile, do Uruguai e da Argentina.
Ser de esquerda é o que o Alceu Amoroso Lima dizia: é caminhar para um socialismo com liberdade, com democracia, com distribuição ampla de bens. (...)
+ na edição impressa: Dyrceu Aguiar Dias Cintra Júnior, Juiz do 2° Tribunal de Alçada Cível do Estado de São Paulo.

MOVIMENTOS SOCIAIS
André Fischer, criador do Mix Brasil, portal de informações GLBT, atua como dj e host do programa Rádio Mix Brasil no portal Mix Brasil.(...) Teoricamente, ser de esquerda significa priorizar as questões sociais sobre as questões econômico-financeiras.
Dentro do movimento gay há uma corrente que ainda acredita que é impossível militar pela causa sem ser de esquerda. Até o começo desta década, a quase totalidade do movimento era composta por filiados de um espectro de partidos que ia do PSTU ao PT. Hoje, no entanto, essa linha tem espaço cada vez mais reduzido entre as lideranças. (...)
Gustavo Petta, presidente da UNE – Unial Nacional dos Estudantes – e aluno de jornalismo da PUC-CampinasSer de esquerda é você, diante da realidade que vivemos, diante das desigualdades, das injustiças, é você se inconformar e de alguma forma lutar contra isso. É lógico que eu acredito que só vamos superar essas realidades com transformações mais profundas e radicais, com a sociedade socialista. Agora, não necessariamente, para ser de esquerda, você precisa acreditar nessa transformação mais profunda. (...)
Sueli Carneiro, formada em Filosofia e fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra É acreditar que outro mundo é possível, no qual se pode viver livre, democraticamente, com justiça e igualdade social, respeito aos direitos humanos, econômicos, sociais e culturais; portanto, é o desafio de construir um mundo isento de qualquer forma de opressão e discriminação, sobretudo de gênero, raça e etnia. Isso é tudo o que o modelo hegemônico globalizado não pode assegurar. (...)
+ na edição impressa: Ailton Krenak, fundador do Núcleo de Cultura Indígena, do Centro de Pesquisa Indígena e do Núcleo de Direitos Indígenas, Jaime Amorim, dirigente regional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Pernambuco, e Margareth Rago, professora do Departamento de História da Unicamp.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Flor de Lis - significado, história e análise

Flor de Lis versus Realeza de Deus

Vitor Manuel Adrião

Desde a primeira hora que na nossa Obra Divina a Flor de Lis ou Liz a prefigura como símbolo principal, indo assim figurar nas Armas brasonadas da COMUNIDADE TEÚRGICA PORTUGUESA. Mas muito antes da aparição deste Instituto em 1978, já a mesma Flor de Realeza Divina distinguia a Obra do Insigne Professor Henrique José de Souza, desde, no mínimo, 1916, através do Movimento “Samyama – Sociedade Mental-Espiritualista”, ponto de partida para a fundação de “Dhâranâ – Sociedade Cultural-Espiritualista”, em 1924, e da Sociedade Teosófica Brasileira, em 1928.

Ainda cheguei a conhecer alguns membros da antiga Sociedade “Dhâranâ”... Mas falarei antes do significado da Flor de Lis, Flor de Mistério e de Realeza Divina. Para o entendimento mais completo possível desta planta privilegiada, irei fazer uma abordagem botânica, histórica e teosófica ou iniciática sobre a mesma, cuja importância vai muito além de ser o símbolo universal do Escutismo como quis o seu fundador, Baden-Powell, um maçom que teria recolhido no seio da Maçonaria Simbólica a figura dessa flor real, com todos os arcanos e significados que carrega.

A Flor de Lis é simbolicamente identificada à Íris e ao Lírio, como o fez Mirande Bruce-Mitford no seu livro Signos e Símbolos, informando que Luís VII, o Jovem (1147), teria sido o primeiro dos reis de França a adoptar a íris como seu emblema e a servir-se da mesma para selar as suas cartas-patentes, e como o nome Luís se escrevia na época Loys ou Louis, esse nome teria evoluído de “fleur-de-louis” para “fleur-de-lis” (flor de lis), representando com as três pétalas a Fé, a Sabedoria e o Valor. A verdade, mesmo observando a grande semelhança entre os perfis da íris e da flor de lis, é que o monarca francês apenas adoptou o símbolo de grande antiguidade na heráldica de França, pois que ele já aparece em 496 d.C., quando um Anjo apareceu a Clovis, rei dos Francos, e lhe ofereceu um lírio, acontecimento que concorreu para a sua conversão ao Cristianismo. No ano 1125 a bandeira de França apresentava o seu campo semeado de flores de lis, o mesmo acontecendo com o seu brasão de armas até ao reinado de Carlos V (1364), quando passaram a figurar apenas três. Conta-se que este rei teria adoptado oficialmente o símbolo como emblema para honrar a Santíssima Trindade.

Mas o lírio estilizado flor de lis é planta bíblica, anda associada ao pendão do rei David e igualmente à pessoa de Jesus Cristo (“olhai os lírios do campo...”); também aparece no Egipto associado à flor de lótus, e igualmente entre os assírios e os muçulmanos. Cedo se torna símbolo de poder e soberania, de Realeza que se faz por investidura Divina o que leva a também simbolizar a pureza do corpo e da alma. Por isto, os antigos reis europeus eram divinos por sagração directa da Divindade na pessoa da Autoridade Sacerdotal, e para o serem teriam, em princípio, que ser justos e perfeitos ou puros, como o foi a Virgem Maria, “Lírio da Anunciação e Submissão” (Ecce Ancila Domine), desta maneira Orago efectivo de todo o Poder Real.

É assim que o lírio ocupa o lugar da íris, o que leva os espanhóis a traduzir “fleur-de-lis” como “flor del lírio” (flor do lírio), e é este que mais se associa simbolicamente à mesma lis. Mas na botânica a flor de lis não é a íris e nem o lírio. A íris (Iris germanica) é uma planta da família das Iridáceas, originária do Norte da Europa. Já as espécies mais conhecidas de lírio (Lilium pumilum, Lilium speciosum, Lilium candidum) são plantas da família das Liliáceas, originárias da Ásia Menor e Central. A verdadeira flor de lis não pertence à família das Iridáceas, nem das Liliáceas: trata-se da Sprekelia formosissima, uma representante da família das Amarilidáceas, originária do México e da Guatemala. Conhecida noutros idiomas como lírio asteca, lírio de São Tiago, lírio de Saint James (St. James lily), lírio de Saint Jacques (lis de Saint Jaques), a Sprekelia formosissima é a única espécie do género. Esse nome foi-lhe dado pelo botânico Linaeus (Lineu), quando recebeu alguns bulbos de J. H. Van Sprekelsen, um advogado alemão. Os espanhóis introduziram a planta na Europa, trazendo bulbos do México no final do século XVI.

Mas esse símbolo já era conhecido desde muito antes pelos monarcas e príncipes de Portugal, pois que praticamente a partir de D. Afonso Henriques, e principalmente a partir dos finais do século XIII, o lírio convertido ou estilizado flor de lis aparece em pleno nas Armas portuguesas, com todo o simbolismo imediato e substracto inerente.

Planta solar e de afinidade a Vénus, ela é uma bulbosa produtora de flores de cor vermelho brilhante e folhas laminares verde azuláceas que aparecem depois das flores. A sua reprodução faz-se pela divisão de bulbos, durante o período de repouso, enquanto a luz vital que lhe é propícia é o Sol pleno. Para o seu cultivo em vasos e canteiros, a mistura de solo ideal é a arenosa – uma parte de terra vegetal, uma parte de terra comum de jardim e duas partes de areia. As regas devem ser espaçadas no início do período vegetativo, intensificando para dias alternados até depois da floração, quando deve-se voltar a espaçar as regas. Recomenda-se evitar o excesso de água, pois pode provocar o apodrecimento dos bulbos e o surgimento de doenças fúngicas.
A Flor de Lis – Sprekelia formosissima

É esta mesma flor, de pétalas róseas purpuradas, que se encontra no antigo jardim real cerceando o Palácio da Pena, em Sintra, mandada plantar aí por D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha, no século XIX, certamente dando continuidade à Tradição afirmando que a Flor de Lis é tanto o símbolo de SINTRA como de LISBOA (“Lis Boa” ou “Boa Lis”, expressando a Lei Divina incarnada na pessoa do Monarca e Pontífice Universal, Melki-Tsedek).

Mesmo antes de lhe ser atribuído valor simbólico, o lírio era muito apreciado e difundido como motivo artístico e ornamental no Egipto, na Grécia minóica e em Micenas. Na arte poética, a voz das cigarras e das musas é chamada de “lírica” (delicada). Segundo o mito grego, os lírios teriam nascido do leite de Hera, que gotejava sobre a Terra no momento em que surgiu a Via Láctea. Afrodite (Vénus), deusa do amor, ora odiava ora se encantava com essa flor de aspecto puro e inocente, e por esse motivo lhe inseriu o pistilo, que lembra o falo de um asno, animal simbólico da Paz que assim se associa à Pureza do lírio. Foi assim que Apolo ou Sol lhe deu o brilho e Vénus o poder de procriar, e logo Jacinto, favorito do mesmo Apolo, o evocaria como expressivo do amor procriador, sob a forma do lírio martagão (lírio vermelho). Foi colhendo um lírio (ou um jacinto) que Perséfone foi arrastada por Hades, enamorada dela, através de uma abertura repentina no solo para o seu reino subterrâneo: neste sentido, o lírio ou lis simbolizará a Porta e o Reino dos Infernos, Inferiores ou Interiores Lugares... a AGHARTA mesma, e a Consciência Superior necessária para possuir tão alto galardão simbólico, ao mesmo tempo que real

Essa é a razão do Professor Henrique José de Souza considerar «a Flor de Lis o Lótus Sagrado de Agharta e símbolo precioso da Consciência Universal».

Quando no século XVIII a flor de lis dos Bourbons de França, encabeçados por Luís XVI, quis imperar no que tem de mais inferior e caótico sobre a Flor de Liz Aghartina, o Governo Oculto do Mundo encarregou-se de a decepar nas pessoas de São Germano e Cagliostro, representando as duas Faces Espiritual e Temporal do Imperador Universal... acabando o rei de França sem cabeça, cumprindo-se assim a Profecia de Paracelso (in Prognosticatio eximil doctoris Paracelsi, v. I, 1536, in 4.º, fig. 11):

«Aquele cujo poder faz sair do seio da Terra a mais ilustre de todas as Flores, a tornará, dentro em breve, flor mirrada em terreno árido e podre, um simples “lírio do campo”! Amanhã, como disse o Cristo, tu serás lançada ao fogo... porque uma outra te virá substituir. Sim, porque aqueles que te tomaram por símbolo, sem direito para tanto, emigrarão, serão levados ao exílio, à prisão e à ruína... E sob tamanho aviltamento universal e sem exemplo, serás humilhada no decorrer dos anos que sucederem... Pela prudência e temor do Senhor, poderias ter concorrido para que prósperos, estáveis fossem os teus dias; mas a tua própria astúcia causou a tua ruína, obrigando uma outra a surgir do lugar onde sempre estiveste.»

Flor de Eleição e Realeza Divina promanada do Seio da Terra à Face da mesma, incorruptível e insubstituível, ela derruba qualquer outra sua sombra adversária e que se coaduna com a Lua, os amores proibidos e as injustiças sociais (esta a razão principal de, após Luís XVI de França, a flor de lis dos Bourbons ter se tornado o símbolo das prostitutas e ladrões, e quando algum malfeitor era preso, marcavam-no a fogo com esse símbolo, memória maldita de uma realeza decadente, ladra do povo e prostituta da sua condição real), por isto mesmo a Lis ou o Lírio faz-se símbolo da eleição, da escolha do ser amado, como diz o Cântico dos Cânticos (1, 2): «Como o lírio entre os cardos, assim a minha bem-amada entre as jovens mulheres».

A “bem-amada” é a Alma Universal, Amor puro, virginal, universal, cuja tomada de posse foi privilégio de Israel na pessoa do rei David, logo adoptando a Flor de Lis dourada para figurar sobre o fundo azul do seu Pendão; esse foi o privilégio de Maria entre as mulheres de Israel, e logo, como Mãe Soberana, entre as mulheres do Mundo.

Foi assim que essa planta se tornou, no Cristianismo, o símbolo do amor puro e virginal. Gabriel, o Anjo da Anunciação, é representado iconograficamente com um lírio na mão, o mesmo acontecendo com o esposo José e os progenitores de Maria, Joaquim e Ana. O lírio simboliza também a entrega à Vontade de Deus, isto é, à Providência, que cuida das necessidades dos seus Eleitos, como assegura Jesus no Sermão da Montanha: «Vede os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam» (Mt. 6, 28). Assim, entregue sem condições entre as mãos de Deus, o lírio está melhor protegido ou vestido que Salomão em toda a sua glória. De maneira que simboliza o abandono místico à Graça de Deus.

Ao ser-lhe acrescentado o pistilo, falo ou três pétalas inferiores, cedo o lírio, retratando a lis, se associou ao simbolismo das águas inferiores, e logo da Lua e dos sonhos, fazendo dele a flor de um amor intenso, carnal, mas que, na sua ambiguidade, pode ficar irrealizado, reprimido ou não sublimado. Mas se for realizado, sublimado como amor espiritual, penetra o sentido de Vénus e das águas superiores (o Akasha ou Éter), e assim o Lírio ou Lis se faz a Flor da Glória.

Nisso reside a equivalência entre o lírio, a lis e a flor de lótus, elevada acima das águas lamacentas da concupiscência e do pecado. Por seu sentido de Eleição, irá dessa forma marcar uma Raça Eleita, de Príncipes ou Principais, sem mancha de pecado, que abrirão um novo Ciclo de Humanidade, como se deduz nas palavras premonitórias de Virgílio sobre o destino de uma Raça maravilhosa, quando é feita a oferenda de lírios à memória do jovem Marcelo, no momento da descida de Enéias aos Mundos Subterrâneos, ao Inferno – a resgatar uma Raça Divina ou Aghartina que hoje, fazendo jus ao EX OCCIDENS LUX, só poderá aparecer em duas bandas do Mundo como Duas Faces do mesmo Rosto do Imperador Universal, MELKI-TSEDEK, na pessoa do Excelso AKDORGE: Portugal e Brasil, Tronos de Eleição dos Poderes Temporal e Espiritual do Mundo!

Escreve Virgílio (in Eneida, 6, 884): «Tu serás Marcelo [de Marte, regente deste 4.º Globo terrestre]. Dá lírios às mãos cheias, para que eu espalhe [semeie] flores [mónadas] deslumbrantes».

Essas “flores deslumbrantes” oferecidas ao filho adoptivo de Augusto, contribuem para reanimar o amor à sua glória futura. Valor ao mesmo tempo fúnebre e sublime do símbolo, o que integra a lis e o lírio no simbolismo popular da “pálida morte”, fazendo-a flor mortuária, e por isso se diz que o misterioso aparecer de um lírio anuncia a morte de um frade. Também a canção popular bretã dos “três lírios” semeados sobre o túmulo alude ao simbolismo fúnebre, portanto, a ver com o aspecto feminino, lunar da mesma flor.

Acaso ela poderá ser prenúncio de morte iminente, mas certamente será o “santo e senha” de abertura dos Portais do Céu do CRISTO UNIVERSAL (2.º Logos) àquele que a visualiza na hora da morte, pois que adentrará o mesmo Céu em Inocência e Pureza de Virgem sem pecado, liberto de Karma por seus próprios esforços, assim assumido na Corte da Realeza Divina, pois que como a Flor de Lis também o Lírio é flor real, sobretudo por sua forma se assemelhar à de um ceptro, ou porque «as serpentes [larvas e outros miasmas astrais] fogem dos lírios, que emanam um perfume revigorante» (in G. A. Böckler, 1688, Bibl. 10).

Em relação com isso, escreveu W. H. Frh. in Hohberg, 1675, Bibl. 23): «O lírio branco com esplendor e majestade supera muitas flores, mas é de pouca duração. Assim, como ele, deve envelhecer e morrer também o homem onde não se conserva a Graça e a Protecção de Deus».

No Santoral cristão vê-se a flor de lis como atributo de vários santos reais, principalmente São Luís de França, mas também noutros, dentre eles: António de Lisboa e Pádua, Domingos, Felipe Neri, Vicente Ferrer, Catarina de Siena, Filomena, etc. Quando o símbolo não aparece formando parte dos signos de realeza do santo, resta associar a flor de lis com a estilização da pata de ganso (símbolo de Lusina, Lys-Ina e dos Construtores Livres medievais que foram, afinal de contas, os constituintes da Maçonaria Operativa, também chamada de Arte Real), com a vieira do peregrino e, em geral, com o Sol Nascente ou Logos Único que expande os Três Raios de Vida, antes, Três Hipóstases como Vida, Energia e Consciência.

Quando aparece a Cruz dourada com a Rosa rubra e tendo no palo superior gravada a Flor de Lis, o conjunto associasse de imediato ao simbolismo do PRAMANTHA MÁGICO A LUZIR sob a direcção do Rei dos Reis, Sua Majestade MELKI-TSEDEDEK, na Terra representando ao 2.º Logos no Céu, pelo que tal símbolo se converte num dos mais preciosos do Governo Oculto do Mundo.

Acerca disso, escreveu o Professor Henrique José de Souza (in revista Dhâranâ, n.os 17 e 18, Março a Setembro de 1961):

«Um mundo de revelações está contido nessas palavras, inclusive em relação com a nossa Obra. Basta dizer que... “Ela veio do Oriente como uma Rama extensa florescer as mentes dos filhos deste País”, etc. E o seu nome, no início, tendo sido Dhâranâ, completa o que outrora tendo sido mistério hoje se aclara diante dos olhos dos homens mais dignos e cultos, que para Ela foram e continuam sendo atraídos, prova da sua indiscutível evolução na “estreita ou angustiosa Vereda da Vida”, em cujo final tremeluz o mágico Triângulo da Iniciação, que é o da própria Mónada redimida. Sim, Dhâranâ, no começo, representando o Oriente, S.T.B., depois, representando o Ocidente.

«Antes, porém, devemos dizer que, naquele momento da História, a Swástika se defronta com a Sowástika, que muitos até hoje não souberam distinguir uma da outra. Quanto à Flor de Lis, ao Candelabro das 3 Velas, à Vina (ou Lira) de Shiva [a de três cordas de Apolo e de Orfeu, para estar de acordo com os três acordes da Criação: Dó-Mi-Sol], à letra hebraica Shin, representam uma só e mesma coisa, digamos... a Tríplice Manifestação do Logos Criador, tanto no Universo quanto no Homem. Finalmente, a sua expressão terrena: o GOVERNO ESPIRITUAL (e OCULTO) DO MUNDO.»

Por seu turno, Paulo Machado Albernaz escreveu em sua A Grande Maiá – A Realização (edição particular, S. Paulo, 2003):

«É bem verdade que o sofrimento, a angústia é um atributo humano, mas o Homem-Deus, o Verbo Encarnado, o Avatara da Divindade na Terra, tem também o seu lado humano, que é a face voltada para baixo e como tal está sujeito às vicissitudes humanas, embora participe, igualmente, do que se cumpre nas alturas celestes. Esta estranha situação deu origem ao símbolo da chamada “Flor de Lis”, cujo desenho estilizado mostra três pétalas maiores, voltadas para o alto e três pétalas (à guisa de pedúnculo) menores, voltadas para baixo.

«O número três é ressaltado duas vezes, representando a tríplice manifestação, tanto do lado Divino (que é maior) como do lado Humano (que é menor). Tal símbolo tem sido usado largamente pelos homens, não só no campo político, como o foi pela monarquia francesa, como no social. Neste último poderemos citar a organização mundial do escutismo, cujo símbolo é muito usado até hoje.

«Os Três Sóis ou Logos também agem na estrutura interna do Homem, a grosso modo classificado como Corpo, Alma e Espírito, nos quais agem os astros que mais influenciam a nossa vida: o Sol agindo em nosso Espírito; a Lua em nossa Alma e a Terra em nosso Corpo Físico. Essa constituição interna é, igualmente, bafejada pelas Três Hipóstases do Logos, que são: Vontade, Sabedoria e Actividade, como já vimos. No entanto, já se vê que o Espírito pode abrigar, além da Vontade, a Sabedoria, se o homem a ela fizer jus. Além da Sabedoria, a Vontade poderá se abrigar na Alma que tenha condições de a sentir. Finalmente, o Corpo terá que exercer uma Actividade, um Trabalho digno de um homem com H maiúsculo.

«Quem está, justamente, nessas condições poderá entender com facilidade as diversas manifestações avatáricas dos Seres que comandam a Terra e, consequentemente, toda a evolução do nosso Planeta. Dessa forma poderemos compreender, em toda a sua plenitude, o porque da identidade da maioria dos ensinamentos que nos foram legados pelos Grandes Mestres que pontilharam com grandezas espirituais a História da Humanidade.

«Quem busca apenas a erudição, para satisfazer o seu diletantismo, quer saber quem escreveu isso ou aquilo, em que livro está citado um preceito famoso, de que escola ou organização surgiu uma determinada doutrina. Uns chegam até a discutir em que raça surgiu ou se gerou um determinado Ser que propôs uma nova filosofia. Se atentarmos para uma certa passagem de Krishna, como uma das manifestações do Espírito de Verdade, aliás o Avatara que a História registou sob o nome de Yeseus Krishna e que era de rara beleza, diz Ele no Bhagavad-Gïta, versículo 25, num dos discursos dedicados ao seu discípulo Arjuna:

... quem adora os Bhutas (espíritos da Natureza), vai aos Bhutas! Quem adora os Pitris (Construtores da Humanidade), vai aos Pitris! Porém, os verdadeiros adoradores vêm a Mim (o Eu Divino)!...

«Por essas palavras notamos que existe uma Fonte Única da Verdadeira Sabedoria que é o Planetário da Ronda, avatarizado no Sexto Senhor, como Dirigente absoluto da nossa Terra. Tudo o que existe de Bom, de Belo e de Bem emana desse Ser Único, através dos seus múltiplos Avataras, que são os seus fiéis Porta-Vozes no decorrer das Idades, dos Ciclos.

«A sua Sabedoria infinita sai da Boca dos “Anjos da Palavra” e entram pelos ouvidos humanos nos mais variados timbres e tonalidades e se aninham nos cérebros humanos.»

Pois bem, graças à inserção do pedúnculo no lírio heráldico (lis) ele tomou a forma de seis pétalas, as quais podem ser identificadas com os seis raios da Roda da Vida cuja circunferência não é traçada, isto é, com os seis raios do Sol sendo este o sétimo, e assim se torna Flor de Glória e Fonte de Fecundidade, indo incorporar-se ao simbolismo do Hexalfa ou estrela de seis pontas como insígnia do Sexto Senhor Akbel que norteia os destinos evolucionais do Género Humano através da Corte Eleita dos Mestres Justos e Perfeitos da Excelsa Fraternidade Branca, mediando entre o Luzeiro e Eles o Grande Kumara Melki-Tsedek, seja Ardha-Narisha, seja Akdorge.

Mesmo sendo a Flor de Lis símbolo do Governo Supremo de Agharta imperando sobre todos os governos da face da Terra, a verdade é que o nome da Cidade Santa do Mundo de Badagas com jurisdição temporal e espiritual sob o território português para toda a Europa, não se chama – como alguns têm inventado – “Lis”, nem tampouco se insere num qualquer e pressuposto “triângulo místico de Fátima”. Isso é apenas uma invenção caseira, ainda assim já popularizada, de quem viu recusarem-lhe o acesso aos Mistérios Maiores da nossa Obra Divina...

Estou autorizado superiormente a revelar alguns dos símbolos do Grande Senhor AKBEL, aliás assinalado na pétala central (maior) da mesma FLOR DE LIS:

AKBEL – Flor de LIX (Aghartino); em português: Angélica Branca.
ÁGUIA
TOURO
Significado: PUREZA – SABEDORIA – VONTADE.

De maneira que se tem:

Quando se fala da nobreza portadora de “sangue azul” não tem tanto a ver com o aspecto físico, pois que o seu sangue se mantêm vermelho de TAMAS ou a cor da Terra, mas sim com o aspecto psicofísico e iniciático da sua ligação ao Segundo Logos, cujo tom é RAJAS e a cor AZUL do Céu, brilhando internamente o AMARELO ouro de SATVA como Espírito Iluminado.

Quem tem o verdadeiro “sangue azul” da Nobreza Divina é só o Iniciado Verdadeiro que se integrou no Quinto Reino Espiritual, chame-se-lhe “Angélico”, chame-se-lhe das “Almas Salvas” ou, ainda, do “Akasha Celeste”, para todos os efeitos, o do CRISTO UNIVERSAL que também é, por se tratar do Segundo Trono como Andrógino Primordial, a Excelsa MÃE DIVINA – Rainha dos Anjos, Mãe dos Eleitos, “Lírio Sagrado de Shamballah”.

Portanto, em terminologia humana, a verdadeira MONARQUIA DE MELKI-TSEDEK é essa DIVINA do SEGUNDO TRONO que emancipa os Corpos, distingue as Almas e enobrece os Espíritos.

Falando de Monarquia estou referindo-me a “Uma Hierarquia” original de valores humanos e espirituais, ou seja a Grande Loja Branca dos Mestres Justos e Perfeitos que são os Príncipes ou Principais da Obra Divina do Rei Melki-Tsedek, insuflando essa condição diáfana e doce de AMOR-SABEDORIA no distinto do Discípulo verdadeiro, também ele candidato sincero e dedicado ao estado de Mestre Real, de possuidor da verdadeira Flor de Lis, ou seja, da Consciência Universal.

Ave, Lillium Sacratum in Terris descendiat Coelis!
Ave, Maria, Lillium, Rosa mistica in Crucis sideris,
Matrem Nostram, Mariz Nostra!

BIJAM!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Frases engraçadas de caminhão

Prefiro ser um bêbado conhecido do que um alcoólatra anônimo.

Velocidade controlada por buracos!

Casar é bom. Morrer queimado é melhor ainda!

Seja paciente na estrada para não ser paciente no hospital.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que... molha tudo

Como estou dirigindo? Mal? E dai você nao tem nada a ver com isso!

De onde menos se espera é que não sai porra nenhuma!

Quem não deve, não precisa pagar.

Os últimos serão desclassificado

Antes tarde do que mais tarde.

De pensar, morreu um burro... e aposto que ainda não entendeu!

O que os olhos não vêem, o coração... nem se fala!

Roupa suja se lava... na máquina!

Prevenir é melhor que... ser pego de surpresa!

São nos pequenos frascos... que cabem menos perfurme!

Macaco que muito pula ... tem problema psicológico, pensa que é um canguru.

Há males que vêm para o bem... mas a maioria vêm para o mal mesmo.

Quem ri por último... ou é surdo ou retardado!

Quem não tem cão... não gasta dinheiro com veterinário!

Quando um não quer... o outro insiste!

O sonho não acabou. E ainda temos pão doce, maria-mole e queijadinha.

Vencer não é tudo. É preciso também humilhar o adversário.

A informática chegou para resolver problemas, que antes não existiam

Diz-me com quem andas e te direi se vou contigo.

Como diria Edir Macedo: "Templo é dinheiro".

É chato ser bonito. Mas é muito mais chato ser feio.

A união faz o açúcar.

Pau que nasce torto, mija fora da privada.

Quem tem boca vai a Roma. Meu fogão tem 4 e não saiu da cozinha.

Para roubar esta tagline pressione CTRL+ALT+DEL já!

Masoquista: "Me bate!!! Me bate!!!" – Sádico: "Não!!"

Drogas? P/quÊ? Já tenho Windows!

Quem nunca pirateou, que atire o primeiro disco - eu mando a cópia!

O futuro nunca aconteceu.

Quem atira em Sucrilhos é Cereal Killer!

Dinheiro não é tudo na vida - dê-me o seu e viva feliz!

Não roube, o governo não gosta de concorrência.

Carteiro feliz é aquele que gosta de sê-lo!

Sabe como as enzimas se reproduzem? Uma en zima da outra!

Acho que penso, logo, acho que existo!

Não bebo, não fumo, mas às vezes minto!

Sacanagem é minhoca cair no macarrão e pensar - "suruba"!

Amor sem beijo é como macarrão sem queijo.

Artista é aquele que sofre sorrindo.

Fracassar é triste. Mais triste é não tentar vencer.

Beijo não mata a fome, mas abre o apetite.

Alegria de poste é estar no mato sem cachorro

Se a mulher foi feita de uma costela, imagine se fosse feita do filé?!

Visitas sempre dão prazer. Se não na chegada, na saída."

Não Sou o Dono do Mundo... Sou o Filho do Dono

O sol nasce para todos; a sombra para quem merece

Casamento é o fim das criancices e o começo das criançadas

Jesus salva! Que passa para Moises que chuta e é gooooolllll...

Se a morte for um descanso, prefiro viver cansado.